Querido Diário,
Talvez essa não seja a melhor forma de lhe chamar. Quero dizer, é claro que você é querido. Mas a questão é justamente que, há alguns anos, você tem sido muito mais do que isso. Desde que comecei a lhe escrever, tudo mudou tanto que hoje te vejo como o meu melhor amigo.
Bom, é evidente que tenho amigos reais. Você mais do que ninguém sabe quem eles são e qual a importância de cada um em minha vida. Mas tenha a certeza de que nunca nenhum deles soube tanto quanto você. Sinto-me melhor contigo do que ao lado de qualquer outro.
Andei relendo as coisas que te escrevo desde os 13 anos e confesso que achei incrível a sensação de reviver momentos da minha história. É como um grande romance onde a protagonista sou eu. E tudo narrado por alguém que tem um jeito só seu de contar meus percalços.
Aliás, acho que ninguém me conhece tanto como você. Minhas manias, meus medos, meus sentimentos sobre tudo e todos. Meus desejos, minhas histórias e tudo aquilo que eu nunca tive coragem de dizer em voz alta. Está tudo entregue a você. O único a quem me arriscaria confiar.
O que me intriga um pouco é que, se você sou apenas eu escrevendo para mim mesma, seria isto, portanto, dizer que não confio em ninguém? Poderia, então, este diálogo solitário ser um princípio de loucura?
Prefiro considerá-lo apenas uma maneira de ter um ombro completamente amigo. Alguém que eu possa acreditar que me entende até o último fio de cabelo. Sem críticas, sem questionamentos.
Bem, relendo o que acabei de dizer, me soou meio esquizofrênico. Mas não importa. Loucura ou não, meu mais fiel confidente é mesmo você, meu querido diário.
Bruna Paiva
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Bom, muito bom, tenho certeza que você não está louca. É muito bom fazer o que a gente gosta, do jeitinho que a gente gosta.
Entendo você perfeitamente, confiar é difícil.
Bjs carinhosos da vovó.
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Muito obrigada!!
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