Odeio a forma como o sentimento suga todas as minhas energias, me torna dependente de algo que, há pouco tempo, nem fazia diferença. Odeio a forma como me tira o controle sobre o foco da minha própria vida e se torna uma insistente distração que perturba a todo momento.
Odeio os efeitos físicos que ele me causa e a forma como, devagar, vai fazendo crescer a ansiedade até que ela domine meu corpo o tempo inteiro. E então chegam os suores, os enjoos, as tremedeiras, o sorriso patético e, o pior de todos, o descompasso de meus órgãos internos pela presença de outra pessoa.
Detesto me sentir impotente, rendida a algo que eu nem queria estar sentindo. Odeio a forma invasiva e truculenta como a paixão se mete nas minhas relações interpessoais, me dizendo como devo olhar para cada um que passa na minha vida. E odeio ainda mais a impossibilidade de desacatá-la. É ditadora e irredutível.
Tenho horror à forma como fico triste, estafada, doente, lenta, verdadeiramente apaixonada. E odeio não conseguir escrever sobre qualquer outra coisa senão esse sentimento que me é tão tóxico, e que ao longo dos anos só aprimorou sua capacidade de me fazer mal.
Eu odeio me apaixonar, simplesmente porque, em vinte anos, não aprendi a fazer isso sem anular cada pedaço mim mesma.
Bruna Paiva
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Olá Bruna tenho que te dar os parabéns pelo teu blog adorei o teu post e apesar de ser um pouco mais velha do que tu identifiquei-me com o texto porque sinto o mesmo em relação a apaixonar-me, já comecei a seguir o teu blog bjs linda
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Ahhh! Muito obrigada!! Fico feliz que tenha gostado do texto e do blog. Seja bem vinda!!! ❤❤
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Obrigado e tb és bem vinda no meu cantinho bjs
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Eu podia dizer que se calhar terias que te amar um pouco mais a ti antes de te entregares a outra pessoa, mas sou capaz de já estar a incorrer num cliché (não leves a mal!) 😉
Muitos dos sentimentos que descreveste são normais até um ponto, sobretudo para alguém que só de si já seja ansioso… Mas no geral, apaixonar-se traz sentimentos maravilhosos e ter-se carinho por outra pessoa move-nos no sentido certo! Claro, também é preciso abdicar de um pouco de controlo, dessa sensação de “vertigem” que as tuas palavras me lembram. Acredita, não desistas do amor porque sim, podes amar outra pessoa sem perderes noção de ti mesma!
A pessoa certa deverá fazer-te sentir doida… mas em bom 😀
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Sem dúvida, o amor próprio tem que vir primeiro e acho que se ele de falo se instala, todo o resto fica mais fácil. Mas também tem o fator da ansiedade como você mencionou. Esse lado bonito da paixão que você fala deve realmente ser incrível, mas só quando é recíproco, né? Quando é unilateral complica um pouco mais as coisas…
Enfim! Obrigada pelo comentário haha
Beijos
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Bem legal o texto. Parabéns.
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Muito obrigada! Que bom que gostou 😊
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Sim. Gosto de todos hahahahah. Sua perspectiva sobre esses sentimentos mordazes é parecida com a minha.
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Ahahah que bom então!
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