É engraçado como, na minha imaginação, nós dois funcionamos tão bem. Somos extremamente íntimos e compartilhamos momentos de intensa sintonia. E a graça é que eu mal te conheço. Nunca tivemos abertura para isso, mas, ainda assim, me apaixonei pelo que inventei de você, pelo que inventei de nós.
Está certo que a parca convivência que tivemos nos últimos tempos contribuiu para que minha cabeça meio louca fantasiasse os mais insanos diálogos em que descobríamos um interesse mútuo e subitamente éramos um casal. É, eu tenho uma imaginação fértil.
Entretanto, o mais irônico de tudo isso é que eu não tenho coragem de te contar como me sinto. Primeiro porque gosto demais da minha fantasia para correr o risco de você acabar com ela. Já passei por situações parecidas antes. Isso nunca termina bem pro meu lado, ainda assim eu insisto em repetir o erro. Depois, te ter por perto é algo que me faz bem. Gosto de poder conviver com você; te ter do jeito que posso. A possibilidade de perder isso, caso confesse meu interesse, me angustia.
Ainda assim, uma parte de mim quer acreditar que dessa vez é diferente. A coitada não vai aprender nunca. Então, todos os dias, ela acorda otimista, tendo a certeza de que vai ter coragem suficiente para passar por cima das minhas inseguranças e te chamar para conversar. É claro que eu nunca deixei que ela se manifestasse. Abafo toda a coragem dessa doida dentro do peito e me contento em assistir à nossa história juntos, nessa realidade paralela, toda noite com a cabeça no travesseiro.
Bruna Paiva
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