Antes de ler Morte Súbita, procurei saber a opinião de algumas pessoas sobre ele. E ouvi muita gente falando mal. Porém, não consegui acreditar que J.K. Rowling pudesse ter escrito algo realmente ruim.
Na verdade acho que o erro de vários foi querer ler o livro da “autora de Harry Potter” na esperança de encontrar algo parecido. Um conselho: se quiser ler uma das aventuras de Harry, existem 7 livros para isso. E Morte Súbita definitivamente não é um deles.
A história da cidade de Pagford com seus conflitos políticos é narrada como uma novela. Vários núcleos, vários personagens, vários pontos de vista. Como a própria J.K. define, é “uma grande história sobre uma cidade pequena.”
A primeira parte é realmente meio maçante, já que não dá pra entender muita coisa na apresentação dos personagens. Mas quando os núcleos começam a se cruzar não dá mais vontade de largar o livro.
Após a súbita morte de Barry Fairbrother sua vaga no Conselho Distrital passa a ser disputada. O protagonista conduz a trama justamente por não estar presente.
Todos os núcleos tinham algum tipo de ligação à Barry. Desde a aluna queridinha aos rivais na política. E cada um dos personagens tem seus próprios conflitos e pequenas aventuras.
A história é tão envolvente e emocionante que em 2012 a BBC One anunciou que viraria uma série. A adaptação do livro para a TV está prevista para ir ao ar ainda em 2014.
Com um misto de mistério, política e conflitos adolescentes, J.K. consegue mais uma vez transportar o leitor magicamente para um ambiente fictício. Só que desta vez, longe de varinhas, feitiços, corujas e cicatrizes.
Bruna Paiva